Um commonplace book, de forma geral, é um caderno onde você coloca diversos tipos de informações das mais variadas fontes. Eu costumo pensar que ele é o encontro perfeito do "Salvos" do meu tiktok, os "Destaques" do meu kindle e as anotações aleatórias do meu celular.
Ele serve não só pra guardar aquilo que eu quero me lembrar constantemente, mas também aquilo que eu preciso me lembrar, porque faz sentido de alguma forma pra minha vida.
Falando assim até parece que eu uso isso há anos, né? Mas a verdade é que eu comecei dia 7 de janeiro. 😂
Atualmente, tenho umas canetinhas que separam cada tipo de informação por cor e um círculo, assim como na imagem:
Eu costumo consumir muito mais conteúdo do que sou capaz de registrar, mas acho que o legal do commonplace book é que você vai percebendo quais são suas prioridades e suas crenças - o que é que ressoa com você de tal forma que faz você parar sua vida, pegar numa caneta e escrever pra guardar no papel.
Janeiro ainda não acabou, mas aqui vai os aprendizados mais importantes que eu anotei até agora:
O que é ser abundante
Darryl Anka é um palestrante, autor e médium que afirma poder se comunicar com uma entidade extraterreste chamada Bashar desde 1983. Quer você acredite nisso ou não, Bashar traz ótimos ensinamentos, e um deles é o do significado de ser abundante.
Indo muito além de ter dinheiro e bens materiais, pra Bashar, abundância é ter o que você precisa no momento em que você precisa. É o suprimento da situação.
Um exemplo simples é quando você tá com fome e, do nada, um amigo ou parente te chama pra almoçar.
Pra mim acontece quando tenho um problema no trabalho que parece ser sem solução e vejo um vídeo no instagram que me acende uma luzinha na cabeça, ou quando alguém desabafa comigo e percebo que na verdade a vida não é um mar de rosas pra todo mundo e tá tudo bem ter um dia meio merda às vezes.
Nessa perspectiva, quantas vezes sou abundante em uma semana?
Acho que muitas. Várias sem nem perceber. E isso me deixa bem feliz.
Não queira aprender tudo de um assunto com especialistas
No livro "Potencial oculto", o autor Adam Grant diz que especialistas em um assunto que estamos querendo aprender são, em alguns casos, os nossos piores guias. Ele cita dois motivos principais:
1. Eles estão longe demais do início (do ponto de partida que a gente está) pra se lembrar de como eram as coisas na época
[Esse fato em particular me lembra de quando eu era prof de inglês e pensava "esse assunto nem é tão difícil" quando tentava ensina-lo a alguém. E obviamente, eu estava errada.]
2. Vocês não compartilham os mesmos pontos fortes e fracos
Acho extramemente válido pedir conselhos e dicas pra pessoas que consideramos uma inspiração em determinado tópico, mas é bom se manter atento e não tentar seguir à risca um caminho que não é nosso.
Em vez de burnout, talvez você tenha um boreout
Boreout seria o oposto de burnout, apesar de ainda não ser uma doença ocupacional reconhecida.
"No geral, a Síndrome de Boreout no trabalho é causada pela falta de estímulos aos profissionais no ambiente de trabalho, e isso pode ocorrer de diversas formas, como:
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- tédio na realização de tarefas repetidas;
- poucas funções, ou, a falta total delas;
- falta de reconhecimento por parte dos líderes e gestores;
- constância em situações conflituosas;
- limitação ao propor ideias;
- comunicação interna ruim;
- clima organizacional ruim;"
Um ponto de partida, no meu caso, foi reconhecer que me sinto desestimulada em algumas situações profissionais. Isso não quer dizer que vou ser diagnosticada com boreout, mas que definitivamente existem traços dessa síndrome em algumas coisas que faço e na minha rotina de trabalho.
Por conta disso, consegui ter uma conversa com minha liderança direta e estamos ajustando algumas coisas.
Enfim, é isso por agora. Tô ansiosa pra Fevereiro!
E você? Tem algum tipo de commonplace por aí?